Nossa última postagem discutiu o histórico dos padrões abertos e do IFC no setor de infraestrutura de transporte e como o uso comum e mais atual do IFC, embora mostre muito potencial, tem muitos desafios a serem superados. O artigo deste trimestre abordará um pouco mais profundamente o quão longe o IFC avançou desde a sua criação, alguns dos avanços mais recentes na política de padrões abertos nos EUA e os avanços mais recentes da BuildingSmart em educação e divulgação.

IFC para o setor de Transportes 

Conforme declarado no artigo anterior, o IFC, em sua forma atual, começou por volta de 1996-1997, desenvolvido principalmente para o setor de construção vertical, originalmente pela International Alliance for Interoperability (que se tornou a BuildingSmart em 2005). Desde então, mais de 100 fornecedores de software foram certificados para usar o IFC e muitos outros oferecem suporte a diversas versões do IFC para uso em entregas publicadas.

Em 2013, o IFC 2×3 encontrado em muitos de nossos produtos foi ratificado como um padrão ISO, mas não totalmente aprovado. Embora o 2×3 não tenha sido aprovado oficialmente, o esquema IFC tornou-se um padrão ISO oficial em 2017. Dado que o IFC tem sido tradicionalmente centrado nos edifícios, nessa mesma época, foram desenvolvidas extensões relacionadas à infraestrutura. Esses avanços incluíram semântica, geometria, definições de relacionamento com outros objetos e atributos ou propriedades adicionais, como materiais ou itens de pagamento. Embora o IFC para estradas esteja especificamente em seus estágios iniciais de desenvolvimento, o IFC para pontes e estruturas está muito mais avançado e deve estar pronto para testes em um futuro próximo. Como tal, a Bentley está ativamente envolvida em várias iniciativas IFC, como tem feito há muitos anos, desde lançamentos oficiais até o lançamento de suporte candidato em muitos de nossos produtos.

Avanços na política de padrões abertos

Em 2016, o IFC Bridge Design to Construction Exchange foi desenvolvido com o objetivo de automatizar a troca de informações encontradas nos planos de projeto de pontes à medida que eles vão para licitação. Pouco tempo depois, teve início o BIM for Bridges and Structures Pooled Fund, que levou diretamente a esforços concentrados em trazer o OpenStandards, como o IFC, para a vanguarda do setor de transportes. Em 2019, a AASHTO adotou o esquema IFC como um esquema de dados padrão para a troca de dados eletrônicos. No mesmo ano, foi formado o Subcomitê Conjunto de Padronização de Dados (J-STAN). O objetivo era defender e coordenar a implementação de padrões de dados abertos e o desenvolvimento de esquemas.

Além disso, em 2021, o BIM for Infrastructure Pooled Fund foi autorizado com o objetivo de coordenar os esforços existentes focados em tecnologias e processos BIM para avançar nas metas de curto e médio prazo do Plano Estratégico Nacional de Trabalho BIM.

Mais recentemente, o Comitê de Pontes e Estruturas votou por unanimidade para aprovar a adoção do Manual de Fornecimento de Informações (IDM) da IFC como uma Especificação de Guia da AASHTO. Esse é o primeiro padrão dos EUA para dados de modelos 3D de pontes e define uma direção clara para desenvolvedores de software como nós. O IDM define e documenta os processos de negócios e os requisitos de dados necessários para executar uma tarefa específica dentro do processo BIM. Isto também prepara o terreno para futuros IDMs, abrindo caminho para outras disciplinas, como estradas, drenagem e construção.

Tudo isso para dizer que houve esforços significativos para o avanço do BIM a nível nacional nos últimos oito anos. Há uma promessa incrível de se concentrar no valor dos dados à medida que eles progridem no ciclo de vida de qualquer ativo de infraestrutura.

BuildingSmart

Mencionei a BuildingSmart várias vezes, mas nunca descrevi realmente o que ela é. A BuildingSmart é uma organização sem fins lucrativos aberta, neutra e internacional, que visa promover padrões e soluções abertas e internacionais para infraestruturas e edifícios. Ela possui capítulos e certificações globais disponíveis para aprender mais sobre o processo BIM e a importância dos padrões BIM. Como já estive envolvido na implementação de planos de execução BIM em uma vida anterior, estava bastante familiarizado com muitos dos tópicos e fui certificado no início deste ano. Se você estiver interessado, revise o processo de certificação. Menos de 30 de nós são certificados nos EUA. Compare isso com um capítulo como o da Alemanha , que tem milhares de indivíduos certificados.

A BuildingSmart também oferece suporte a diversas conferências ao longo do ano, como a Conferência Anual de Padrões Abertos do openBIM, realizada em Anaheim, Califórnia, em meados de junho. Sua própria Cúpula Internacional será em Montreal, Canadá, no final deste outono, de 18 a 21 de outubro.

Por último, a AECMagazine inclui um relatório especial detalhado sobre o IFC na sua publicação de maio/junho de 2022. 

O papel da Bentley

A Bentley está envolvida no desenvolvimento da BuildingSmart e do IFC há quase uma década. Percebendo a importância dos padrões de dados abertos, tanto na estrutura IFC quanto na estrutura iTwin, a Bentley incorporou várias formas de suporte IFC em seu conjunto de produtos OpenBuildings (antigo AecoSIM) e, conforme necessário, vários suportes para IFC por meio de seus produtos OpenRoads. Mais recentemente, o iTwin incorporou uma exportação IFC.

No passado, a exportação de IFC do OpenRoads Designer era limitada a alinhamentos e corredores em uma malha não classificada com informações mínimas. Quando pensamos em exportar dados de um formulário para outro, é necessário um aspecto de mapeamento completo. Como o IFC ainda não tem todos os itens relacionados à infraestrutura definidos, o OpenRoads Designer continuou com a exportação para malhas não classificadas.

Com os últimos lançamentos do OpenRoads Designer, um mapeador para classificações (anteriormente chamado de Semantics) foi lançado como uma prévia técnica para tentar mapear certas partes de um corredor rodoviário para um esquema IFC. À medida que o IFC for desenvolvido para o setor rodoviário, também esperaríamos ver avanços no apoio do IFC aos nossos produtos.